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Arquitetos: Wise Architecture
- Área: 785 m²
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Fotografias:Kim Doo-Ho
Descrição enviada pela equipe de projeto. Este museu não possui uma entrada atraente, um lobby, um tipo de balcão de informações ou um grande espaço de exibição. O Museu da Guerra e dos Direitos Humanos das Mulheres situa-se em uma área residencial de Sungsan-Dong, e possui somente uma porta que é menor que o tamanho normal de um portão de uma residência. Não há nenhum grande sinal que fala sobre o museu. Ao invés disso, um guia caminha junto aos visitantes no interior e exterior do museu e nos conta a história do lugar. Os visitantes experienciam esta situação incerta a qual é similar, de alguma forma, àquela experienciada por senhoras idosas quando foram levadas para a guerra como mulheres de conforto.
A residência está localizada em um bairro silencioso e tem 30 anos, 330,5 m² de área e um jardim que aparenta ser abandonado por um tempo. A casa é muito pequena para acomodar e realizar o programa original, e criar um anexo é complicado devido ao orçamento e área de estacionamento.
O espaço entre a residência de tijolos tradicionais de barro e a tela de tijolos que cerca a a casa permite aos visitantes uma experiência cruzada do interior e exterior conforme entram pelo pequeno portão.
Na segunda semana de agosto, quando o concurso de projeto estava acontecendo, as senhoras idosas que eram ex-mulheres de conforto, grupos cívicos e estudantes realizavam seu protesto de quarta-feira como de costume em frente à embaixada japonesa fechada. O protesto se estendeu por mais de uma hora, mas não houve resposta de dentro. Somente a câmera da CCTV estava olhando para eles. À medida que foi tomada esta cena onde os manifestantes estavam suando muito no calor escaldante do verão e a embaixada japonesa estava firmemente fechada e protegida por paredes vermelhas, queriamos construir um museu que, mesmo sendo pequeno, possuísse uma forte presença. Foi assim que nasceu o no pé do Monte Sungmi.
O museu de narrativa
Sugeri um museu de narrativas com quatro espaços narrativos de Memória-Lembrança-Cura-Registro dispostos em sequência dentro e fora do museu.
1. Um pequeno portão: A pequena porta está localizada na área onde a altura do terreno e do prédio se encontram na estrada a oeste do museu, e leva os visitantes para uma sala vazia. Há um minuto de silêncio. Os visitantes poderão conhecer a situação agitada e incerta que as idosas experimentaram quando foram levadas para a guerra.
2. Caminho coberto de brita: Visitantes caminhando para fora da sala sem nome agora caminham no estreito percurso entre os muros de arrimo. As imagens gravadas a partir das janelas do segundo andar são projetadas na parede de concreto que ainda contém traços do tempo, e o som áspero das britas ao longo do caminho comprido e estreito continua nas escadas até a sala no porão.
3. Uma sala no subterrâneo de teto baixo: O porão com teto baixo possui outra sala que é ainda menor e mais escura através da qual as histórias das senhoras idosas são reproduzidas.
4. Uma série de salas: Ao subir para o segundo pavimento e entrar na área de exposição, cada sala possui uma janela com um formato diferente, e os visitantes enfrentam as duas camadas de pele que envolvem todo o museu através das janelas. Isso adiciona mais cor e atmosfera para a área de exposição e protege o museu.
5. A sala de recepção (Sarangbang) e um espaço para as mulheres idosas: A sequência da exposição é completada pelo espaço de "cura" e "comunicação". Visitantes experimentam as memórias das mulheres idosas quando entram no Sarangbang que é a última sala do percurso, e podem ver os documentos da época. Eles às vezes podem ter uma chance de falar com as mulheres idosas que testemunharam a guerra em primeira mão.
6. Um morro de flores silvestres: A colina de flores silvestres é aberta antes da sala de recepção e nos guia para uma paisagem tranquila, onde as idosas passaram suas infâncias.
7. Um caminho de pedra de doadores: Podemos ver as cabeças das pessoas andando no caminho de parede de pedra sobre a colina de flores silvestres. Aproximando-se da parede, podemos ver os nomes dos doadores. Os visitantes andam em torno do caminho de pedra e voltam para onde vieram através do pequeno portão que inicialmente os levou para o museu.